Foto: Divulgação

Entre janeiro e junho deste ano, o Brasil enfrentou uma grave situação de incêndios florestais, com mais de 2,15 milhões de hectares de terras queimadas. De acordo com um levantamento realizado pela MapBiomas, três estados da Amazônia Legal foram responsáveis por mais de 80% dessa área devastada. A Amazônia lidera o ranking com dois terços da área queimada, seguida pelo Cerrado.

Embora o total de área queimada neste primeiro semestre seja 1% menor em comparação ao mesmo período do ano anterior, os números ainda são alarmantes. Roraima, Mato Grosso e Tocantins foram os estados mais atingidos, respondendo por cerca de 1,5 milhão de hectares queimados, o que representa 82% da área total devastada nesse período. Dentre eles, Roraima se destaca, sendo o estado da Amazônia que concentra quase metade da área queimada no país.

A maior parte das queimadas ocorreu em áreas de vegetação nativa, representando 84% do total, segundo os dados do MapBiomas. Em relação aos usos agropecuários, as pastagens foram as mais afetadas, correspondendo a 8,5% da área queimada.

No que se refere aos biomas, a Amazônia teve 1,45 milhão de hectares queimados, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa área queimada na Amazônia corresponde a 68% de todo o país no primeiro semestre de 2023. O Cerrado também sofreu com incêndios, com 639 mil hectares queimados, representando cerca de 30% de toda a área devastada no país durante esses seis meses.

Em relação a outros biomas, a Mata Atlântica e o Pantanal tiveram 10,2 mil hectares e 13 mil hectares queimados, respectivamente, apresentando os menores números dos últimos 5 anos, conforme apontado pelo MapBiomas. Já a Caatinga registrou 818 hectares queimados, seguindo a tendência de queda em relação aos anos anteriores. No Pampa, foram queimados 7 mil hectares durante o primeiro semestre de 2023.

Esses números preocupantes refletem a urgência de ações de prevenção e combate aos incêndios florestais, visando proteger nossos preciosos recursos naturais e preservar a biodiversidade dos nossos biomas. As autoridades e a sociedade devem unir esforços para enfrentar esse desafio e promover a sustentabilidade ambiental no país.

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